Urupês emprega mil pessoas no setor de confecção
Fonte: diariodaregiao.com.br
Urupês se torna arranjo produtivo local do setor do jeans e ganha mais acesso a financiamentos e projetos do governo; cidade reúne quase 60 empresas de confecção que empregam mil pessoas
Urupês acaba de ser reconhecimento como Arranjo Produtivo Local (APL) no setor de jeans. A cidade reúne 57 empresas que fabricam 800 mil calças jeans de trabalho por mês e empregam mil pessoas. Boa parte da produção é enviada para grandes redes nacionais como Riachuelo, Renner, Torra Torra, Carrefour, Extra, entre outras, mas também há muitas marcas próprias que apostam no varejo da região.
O APL do jeans é o único do Estado e se junta a outros 48 arranjos paulistas que incluem setores como confecção, joias, calçados, tecnologia da informação, etc. Arranjos Produtivos Locais – APLs são agrupamentos de pequenas, médias e grandes empresas que pertencem ao mesmo setor econômico. Podem ser fabricantes de bens ou fornecedores de serviços.
Dessa forma, o município fica apto para protocolar projetos e receber repasses do Governo do Estado, buscando o fomento do setor, como a construção de uma fábrica-escola, a aquisição de equipamentos e programas de capacitação. “Existem programas de fomento para o setor, assim como financiamentos específicos. E o importante é que trabalhar coletivamente traz um peso maior para o município”, afirmou Juliana Arnaut de Santana, da Coordenadoria de Desenvolvimento Regional e Territorial da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado.
Na área industrial, a confecção de jeans é o grande motor da economia de Urupês, explica Sergio Ferrares, secretário de Desenvolvimento Urbano e Agrário. Além de impactar na mão de obra local, reflete ainda em municípios da vizinhança, como Irapuã, Sales e Ibirá, já que trabalhadores são empregados na cidade. “Parte das empresas fabrica sua marca própria e vende no atacado e varejo e outra parte, a maioria, é de facções, ou seja, empresas que fabricam as peças para inúmeras marcas brasileiras”.
Para as grandes marcas, são vendidas peças chamadas de calças de trabalho, para o uso no dia a dia e com preços mais populares. As empresas de marca própria, que têm lojas de atacado e varejo, investem em modelagens modinha e na versão country. “Os grandes compradores é que garantem o sustento da cadeia produtiva do jeans em Urupês”, diz. A parte agrícola do município é dominada pela cana-de-açúcar e pelo limão.
Ferrares explica que o benefício do reconhecimento como um APL é a possibilidade de micros e pequenos empresários terem acesso à tecnologia, participarem de programas governamentais voltados aos arranjos, como projetos de gestão. “Existe a possibilidade de ampliar os mercados, inclusive internacionalmente”, disse.
Segundo o secretário, existe uma linha de trabalho para fortalecer a cadeia no município. Uma das metas é investir pesado na capacitação dos trabalhadores, até porque as fábricas precisam de pessoas qualificadas para operar determinados tipos de máquinas. Outro projeto, mais para o futuro, é montar um centro comercial de lojas de jeans onde os consumidores possam comprar tanto no atacado como no varejo.
Consumo
O empresário Rodrigo Custódio Ribeiro é dono de duas empresas. A primeira, a VR Comércio de Confecções é uma facção que costura calças jeans para outras empresas. A outra é de marca própria, a Vila Sul, que vende peças de modinha, mais elaboradas. Ao todo, são 34 funcionários, que fabricam cerca de 20 mil peças por mês. “A grande vantagem do APL é conseguir atrair mais público. Com a divulgação do polo industrial e comercial de Urupês poderemos obter uma maior frequência de compradores”.
Para este ano, Ribeiro está investindo na construção de um novo galpão para colocar a linha de produção e dar mais conforto aos colaboradores. Dentro de 60 a 90 dias deve ficar pronto. A outra linha é a expansão da produção dos produtos de marca, com mais representantes para divulgar a empresa. “Ao aumentar a produção própria, conseguimos aumentar o valor agregado”.
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