Crise abre espaço para marca própria
17/02/2016
Fonte: Diário do Comércio
Foi-se o tempo em que o consumidor só comprava marcas líderes. A ação quase robotizada de escolher na gôndola o produto mais conhecido e que tem uma campanha bonita na televisão dá lugar a uma análise mais crítica e à crescente escolha pelas marcas próprias, principalmente em momento de crise econômica. De acordo com a Associação Brasileira de Marcas Próprias (Abmapro), o cliente está mais confiante nos produtos que levam a marca dos varejistas. Em Minas Gerais, empresários investem na estratégia, apostando na fidelização.
A presidente da Abmapro, Neide Montesano, afirma que é claro no Brasil o aumento de consumidores que compram e aprovam a qualidade das marcas próprias no País. Ela admite que, em um primeiro momento, essas marcas eram vistas com preconceito por terem preços mais baixos e nomes desconhecidos. Mas ela garante que esse é um paradigma quebrado há, pelo menos, cinco anos.
“A marca própria é mais barata principalmente porque não tem o custo de mídia, como as demais. E o consumidor entendeu isso: hoje ele lê o rótulo do produto e vê que a marca própria e a marca líder têm, muitas vezes, os mesmos fornecedores”, diz. Ela afirma que, em momentos de crise econômica, esse consumo é ainda maior. Nesse sentido, a marca própria cumpre um papel importante na economia do País, minimizando o efeito da inflação para os consumidores e mantendo seu poder de compra.
“A marca própria presta um serviço para o País. Estamos falando de um produto sério, que entrega o que promete, com redução de até 20% do custo e que permite que consumidores das classes C e D continuem comprando na crise”, resume. Além disso, ela destaca que a marca própria é interessante por atender demandas reprimidas de forma rápida e gerar fidelização no cliente. Segundo a presidente, muitas pequenas e médias empresas têm experimentado real crescimento com essa estratégia.
Dicas – Para os empresários que estão pensando em adotar a marca própria, a presidente dá alguns conselhos. O primeiro deles é entender que, mais do que vender um produto, ele construirá uma marca. Ela destaca que essa visão é importante para que o empresário tenha maior engajamento com a estratégia e mais chance de agregar valor ao seu empreendimento. Além disso, Neide Montesano frisa a importância de escolher bem seus fornecedores. “O varejista precisa fazer uma negociação sadia com um parceiro da indústria, onde ambos lucram”, completa.
De acordo com estudo realizado pela Kantar WorldPanel, entre julho de 2014 e julho de 2015, 61% dos lares brasileiros compraram marcas próprias. A presidente da Abmapro afirma que o segmento brasileiro desses produtos tem aproximadamente 5% do total comercializado e plenas condições de conquistar uma fatia maior. As categorias de destaque são alimentos e limpeza.
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