Fonte: Portugal Textil
O modelo de negócio direto ao consumidor começou por ser adotado pelas marcas digitais. Agora, também as marcas de luxo e desportivas estão a optar por vendas sem intermediários, apostando nos websites e nas redes sociais e dinamizando a cadeia de retalho própria.
Para se combaterem a fuga das marcas das suas lojas e plataformas, alguns grandes armazéns estão a desenvolver o seu portefólio de marcas próprias.
Recentemente, o CEO da Macy’s, Jeff Gennette, indicou, entre outras coisas, a meta de aumentar o peso do negócio de marca própria da retalhista até 40% do total dos produtos que vende.
Segundo o CEO da Macy’s, esta, como outros, descobriu que a exclusividade é hoje mais importante do que nunca. Num painel moderado pela editora do Retail Dive, Laura Heller, Molly Langenstein, diretora-geral de pronto-a-vestir da Macy’s, apontou as cinco grandes razões do apelo da marca própria: a quebra do tráfego em loja, o crescente interesse do consumidor no canal off price, a aposta da concorrência nas marcas próprias, a força da Amazon no segmento e o boom do modelo direto ao consumidor. Do lado da produção, a velocidade e a flexibilidade serão essenciais para o salto da marca própria, defendeu Tim Zawislack, diretor de comércio eletrónico da empresa israelita Delta Galil (que recentemente comprou a 7 for Mankind à VF Corporation). «É necessário girar bem o time-to-market, caso contrário, não vale a pena investir», especialmente quando se compete com a Amazon, sublinhou. Atualmente, a Amazon tem cerca de 80 marcas próprias, mas não é a única a apostar alto neste jogo. No último ano, a Target lançou mais de uma dúzia de novas marcas de vestuário e decoração e a Walmart divulgou no mês passado o lançamento de quatro novas marcas de moda.