Fonte: REUTERS • LONDRES
Um novo selo “livre de plástico” lançado na Grã-Bretanha na quarta-feira permitirá que consumidores identifiquem produtos com embalagens plásticas, com as empresas sob crescente pressão para usar alternativas verdes.
Oito milhões de toneladas de plástico -garrafas, embalagens e outros resíduos- são despejadas nos oceanos todos os anos, matando a vida marinha e entrando na cadeia alimentar humana, segundo as Nações Unidas.
A preocupação crescente do público e de parlamentares sobre os danos ao meio ambiente significa que os fabricantes de alimentos e bebidas e os varejistas estão sob pressão para adotar políticas sobre resíduos plásticos.
“Todos sabemos o estrago que nosso vício por plástico causou, queremos fazer a coisa certa e comprar sem plástico”, disse Sian Sutherland, cofundadora do ‘A Plastic Planet’, o grupo de campanha com sede na Inglaterra por trás do novo selo.
“Mas é mais difícil do que você pensa, e um selo claro e direto é muito necessário. Finalmente, os compradores podem ser parte da solução e não o problema.”
O gigante supermercado britânico Iceland, o supermercado holandês Ekoplaza, que lançou um corredor sem plásticos no início deste ano, e as empresas britânicas de chá estão entre as primeiras empresas a adotar o rótulo.
No mês passado, mais de 40 empresas, incluindo grandes supermercados da Grã-Bretanha, a Coca-Cola, Nestlé e Procter & Gamble, assinaram o Pacto Plásticos do Reino Unido, prometendo eliminar embalagens descartáveis de plástico até 2025.
Em janeiro, o Iceland, de capital fechado, tornou-se o primeiro supermercado britânico a prometer eliminar as embalagens plásticas de todos os seus produtos de marca própria.
“Com o setor de varejo de alimentos respondendo por mais de 40 por cento das embalagens plásticas no Reino Unido, já é hora de os supermercados da Grã-Bretanha se unirem para assumir uma liderança”, disse Richard Walker, diretor administrativo da Iceland.
Em 2015, a Grã-Bretanha introduziu uma taxa sobre sacolas plásticas, o que levou a uma redução de 80 por cento no uso de sacolas plásticas desde então.
Quase 200 países assinaram no fim do ano passado uma resolução da ONU para eliminar a poluição por plástico do mar, medida que alguns esperam abrir caminho para um tratado juridicamente vinculativo.