Fonte: RD – Por George Garcia
Pesquisa feita pelo Conjuscs (Observatório de Políticas Públicas, Empreendedorismo e Conjuntura da Universidade Municipal de São Caetano do Sul) aponta que 89% dos consumidores no ABC compram produtos de marca própria, ou seja, aqueles produtos que são exclusivos de uma determinada rede varejista. O levantamento mostra que o consumo de marcas próprias na região é bem maior do que a média nacional; segundo a Abmapro (Associação Brasileira de Marcas Próprias) esses produtos estão presentes em cerca de 60% dos lares brasileiros.
O estudo, coordenado pelos professores Antônio Aparecido de Carvalho e Álvaro Francisco Fernandes Neto que realizaram um levantamento baseado em uma pesquisa da qual participaram 145 consumidores das sete cidades da região. O resultado surpreendeu os pesquisadores. “Os dados da Abmapro, mostram que desde os anos 2000 o preço não é o fator mais importante (para a opção pela marca própria), mas, a minha cabeça, marca própria seria para o consumidor de baixa renda e o atrativo era o preç , então elaboramos uma pesquisa. Percebemos que o preço não é o fator determinante mesmo, que a qualidade e a satisfação são os fatores mais importantes e o preço está em terceiro ou quarto lugar, não sendo um fator determinante. Percebemos que algumas pessoas que não compram dizem que é pela qualidade, mas não chegaram a experimentar. A pesquisa também mostrou que a classe média é a que mais consome os produtos de marca própria”, destacou Carvalho.
Os professores também fizeram pesquisa junto ao setor de marca própria da Coop (Cooperativa de Consumo) que tem marcas próprias em diversos segmentos. “O investimento nesta área é estratégia mesmo das redes para atingir uma outra fatia do mercado, eles tem maior poder de barganha com os fornecedores, oferecem preços mais acessíveis e principalmente tornam mais visível a marca, fortalecendo a imagem”.
Os produtos de marca própria mais consumidos no ABC são os alimentícios, com 86,5%. Neste grupo a liderança fica para produtos como o feijão, o arroz e barras de cereais. Em seguida vem os produtos de limpeza, com 67,6%, seguidos de bebidas e sucos (47,3%) e produtos de higiene (44,1%). “Concluímos que os produtos de marca própria tem qualidade muito similar aos de marcas tradicionais, alguns tem qualidade muito boa mesmo”, conclui Carvalho.