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Marca própria avança 11 vezes na Rede d1000 em cinco anos

De R$ 3,39 milhões para R$ 40,11 milhões em cinco anos. A evolução no faturamento em mais de 11 vezes ajuda a explicar a importância estratégica que a marca própria vem assumindo nos negócios da Rede d1000. Essa categoria, inclusive, ganhou status de departamento exclusivo na companhia e já responde por 8,7% da receita do autosserviço.

Atualmente, 248 SKUs de 51 categorias integram a divisão de marca própria, presente nas 206 lojas das quatro redes do grupo – Drogaria RosárioDrogarias TamoioDrogasmil e Farmalife. O segmento representa 5% do faturamento total, que chegou a R$ 1,1 bilhão no ano passado e encerrou o primeiro semestre com R$ 567,4 milhões. Os carros-chefes são as linhas de vitaminas, lenços umedecidos infantis, absorventes, nutricosméticos e fraldas para adultos. Mas engana-se quem acha que o sucesso veio de maneira repentina.

Foram necessários testes com mais de 400 produtos e oito anos de operações para a Rede d1000 encontrar o patamar que considera próximo do ideal. A companhia estreou na categoria em 2013, mas os resultados estiveram abaixo da média até 2016. “Avançamos pouco mais de R$ 3 milhões em faturamento nesse período, com as linhas tendo um ciclo de vida muito curto e indicadores pouco consistentes”, lembra o gerente de marcas exclusivas Thiago Almeida, que explanou sobre essa trajetória no evento Portas Abertas, promovido pela Abmapro no fim do mês de julho.

Metodologia com base em dados

O caminho para reverter as estatísticas passou pelo arrojo de abandonar a tática de tentativa e erro, mas fundamentada pela formação de um time 100% dedicado a mapear oportunidades com uso da ciência de dados. “No varejo, temos liberdade de ir e vir para qualquer categoria. Para isso, necessitamos interpretar as informações que consultorias como Close-Up InternationalIQVIA e Nielsen nos proporcionam, mas com o cuidado de fazer avaliações segmentadas por região e os dois olhos na performance das grandes redes”, explica.

 

Marca própria avança 11 vezes na d1000 em cinco anos

Casos de sucesso

O estágio de maturidade do produto chegou em 2021, com o pacote Leve 6, Pague 5. “Desde o início desse processo, entendemos que a venda de packs seria determinante, mas foi preciso analisar os dados a partir do que refletia o consumidor no ponto de venda. Aos poucos detectamos que essas embalagens eram mais fáceis de empilhar na gôndola e permitiam uma melhor visualização”, avalia.

A aposta nos packs teve início com os lenços umedecidos infantis, com o Leve 4, Pague 3. “Entendendo os hábitos e expectativas do cliente, identificamos que o fator preço deveria vir acompanhado pela qualidade. Com apoio da fabricante Lençobrás, passou-se a utilizar a matéria-prima dos lenços demaquilantes para a linha infantil, o que ampliou a percepção de excelência da marca”, acrescenta o executivo.

Os números falam por si. Uma das 15 maiores redes de farmácias e drogarias do país, segundo o ranking da Abrafarma, a companhia saltou da 21ª para a 13ª colocação no quesito faturamento por cliente. Da receita total do grupo, 37% provém do setor de higiene e beleza, acima da média de 32% do grande varejo farmacêutico nacional.

A marca própria tende a ganhar mais relevância para os negócios à medida que se intensificar a abertura de lojas de rua com formato popular. Das 30 unidades que a companhia planejou abrir neste ano, 15 já foram inauguradas, sendo que a maioria delas está enquadrada nesse perfil. A operação de atacado farmacêutico da Profarma, controladora da d1000, alicerça essa expansão. “Temos uma ótima metodologia para mapear oportunidades e desenvolver produtos, mas nosso grande diferencial é saber a forma mais eficiente e rentável de usar cada ferramenta de venda controlada pelo varejo para impulsionar nossas marcas”, conclui.

Rede d1000
Fundação: 2013
Redes: Drogaria Rosário, Drogarias Tamoio, Drogasmil e Farmalife
Faturamento: R$ 1,1 bilhão em 2020 e R$ 567,4 milhões no 1º semestre
Número de PDVs: 206 lojas no Distrito Federal, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Tocantins

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico