Fonte: Estadão Conteúdo
O Carrefour Brasil lançou nesta segunda-feira, 1, um programa para fomentar as vendas de produtos saudáveis, incluindo itens de produção regional e orgânicos. A companhia estabeleceu uma meta de duplicar a participação de produtos orgânicos nas vendas de itens frescos até 2020.
Segundo Prioux, na média brasileira os orgânicos representam em torno de 0,6% do total. Além da meta de dobrar a participação até 2020, ele afirmou acreditar que seria possível atingir fatia de 5% “rapidamente”.
Prioux afirmou que o movimento acompanha um crescimento do interesse de consumidores por produtos saudáveis. Para ele, essa é uma oportunidade de “vender mais” e que é papel de uma grande rede como o Carrefour estimular o desenvolvimento de produtores e fornecedores desse tipo de produto.
O movimento Act for Food acontece simultaneamente em todos os países onde o Carrefour atua. No Brasil, Prioux afirmou que haverá investimentos em mudanças no visual das lojas e em logística, para ajudar o transporte de produtos enviados por pequenos fornecedores ou produtores de Estados distantes das lojas do grupo.
Até o final do ano, o Carrefour deve implementar em 50 de suas lojas corredores específicos para abrigar produtos saudaveis. No ano que vem, a expectativa é chegar à totalidade da base de lojas.
O presidente do Carrefour Brasil afirmou ainda que a companhia espera que esses produtos saudáveis tenham preços acessíveis. O objetivo é permitir uma redução na diferença de preço que há hoje entre produtos orgânicos e não-orgânicos.
Um dos focos no programa é o desenvolvimento de produtores locais para produtos de marca propria do Carrefour. As margens de itens frescos, orgânicos e marca própria tipicamente são maiores que de outros alimentos no varejo de supermercados, mas Prioux considerou que esse não é o propósito, até porque a iniciativa tem custos relacionados a transporte. Para ele, a relevância está na oportunidade de vender mais.
Cenário econômico
O presidente do Carrefour comentou ainda sobre o cenário econômico brasileiro. Ele considerou que o ambiente de incerteza tem um impacto nas decisões do consumidor, que deixa de estar disposto a gastar. “Ele fica esperando um pouco para ver qual será a situação econômica”, disse.
Do ponto de vista de decisões de investimento do grupo, Prioux afirmou que a empresa tem confiança no Brasil. Ele ponderou que a discussão política tem impactado o câmbio, mas considerou que o ritmo de crescimento no País nunca foi “uma linha reta” e que tem altos e baixos.