Boletim ABMAPRO TRADE CENTER – Panorama Europa 2025: O Segundo Semestre que Redefinirá os Caminhos das Marcas Próprias Brasileiras

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Por Redação ABMAPRO CONNECTION – Europa
Agosto de 2025

O segundo semestre de 2025 começa com um cenário europeu em rápida transformação — e com ele, surgem novos sinais claros de oportunidade para as marcas próprias brasileiras. Em um continente onde os consumidores estão mais exigentes, os varejistas mais estratégicos e os governos mais atentos a temas como sustentabilidade, segurança alimentar e independência industrial, as marcas próprias ganham protagonismo como alternativa viável e competitiva.

Neste contexto, a ABMAPRO projeta que os próximos meses na Europa serão decisivos para o avanço das exportações brasileiras via marcas próprias. A movimentação de grandes eventos do setor e o redesenho das cadeias de suprimento trazem uma pergunta estratégica para o setor nacional:

👉 o Brasil está pronto para ocupar esse espaço?

O CENÁRIO EUROPEU: CONSOLIDAÇÃO, INCERTEZAS E REPOSICIONAMENTO

2025 vem sendo marcado por uma Europa em processo de recalibração econômica e política, especialmente após os impactos do Green Deal, da inflação alimentar nos últimos anos e da nova onda de políticas protecionistas do bloco e dos EUA.

Ao mesmo tempo, cresce o consumo de produtos de marca própria — principalmente em países como Alemanha, Países Baixos, Espanha, Dinamarca e França — e se fortalecem redes de varejo que apostam em portfólios exclusivos, sustentáveis e
acessíveis.

Segundo dados do European Private Label Report, as marcas próprias já representam mais de 40% do volume total de vendas em países-chave, chegando a 57% no mercado espanhol e 52% no mercado alemão.

5 TENDÊNCIAS ESTRATÉGICAS PARA O SEGUNDO SEMESTRE NA EUROPA
1. “Premiumização” acessível: consumidores continuam buscando produtos de alta qualidade com preços justos — campo natural para marcas próprias bem posicionadas.

2. Ingredientes naturais, menos processamento: a “clean label” segue sendo prioridade no setor alimentício europeu e o principal ponto de desejo do consumidor do velho continente.

3. Valorização da origem: transparência, rastreabilidade e histórias de origem são diferenciais competitivos — algo que o Brasil pode explorar com força. O storytelling segue sendo fundamental, inclusive para as marcas próprias.

4. Sustentabilidade não é mais opcional: ESG e carbono zero são critérios de compra — e não apenas diferenciais de marketing.

5. Compras híbridas (loja + digital): o consumidor europeu exige praticidade e integração entre canais — o que impacta também o modelo de entrega dos fornecedores.

O PAPEL DAS FEIRAS INTERNACIONAIS: MUITO ALÉM DO NETWORKING

O segundo semestre será marcado por uma sequência de eventos estratégicos na Europa, todos com forte presença de varejistas, compradores e marcas próprias:

PLMA Summit – Copenhague (Outubro)
Estratégias de varejo, sustentabilidade e inovação em private label.

Anuga – Colônia (Outubro)
Maior feira global de alimentos. Forte presença de compradores internacionais.

PRIVEL – Madri (Novembro)
A nova feira espanhola voltada exclusivamente a marcas próprias.

White Label World Expo – Londres (Novembro)
Foco em inovação, e-commerce, digitalização e soluções para private label.

Cada um desses eventos representa um radar vivo de tendências e oportunidades – e nós da ABMAPRO estaremos presentes.
Iremos acompanhar de perto cada uma dessas feiras e manter atualizados todos os associados!

BRASIL: PRONTO PARA ENTRAR EM CENA?

O mercado brasileiro vive um momento paradoxal: de um lado, há avanços importantes na produção, inovação e diferenciação de produtos com marca própria; do outro, persistem entraves em temas como rotulagem internacional, certificações, padrão de embalagem e adequação regulatória.

O caminho passa por:
Qualificação de fornecedores para o padrão europeu;
• Melhoria no storytelling dos produtos (origem, impacto, diferencial);
• Uso estratégico de eventos e feiras como alavancas comerciais.

ANÁLISE ABMAPRO

“O segundo semestre será um divisor de águas para quem quer exportar marca própria. As marcas brasileiras precisam deixar de ser apenas fornecedoras de commodities e começar a pensar como construtoras de soluções exclusivas e de valor agregado para o varejo europeu.”

— Giovanni N.M. Lacava, Representante da ABMAPRO da Europa

PRÓXIMOS PASSOS PARA OS ASSOCIADOS
• Prepare sua empresa para os eventos da Europa
• Invista em adequação regulatória e narrativa de produto
• Acompanhe os boletins e webinars da ABMAPRO CONNECTION
• Participe ativamente dos canais de internacionalização da entidade

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